Oralidade e decolonialidade:
o fazer poético de Victoria Equihua, Carolina Herrejón e Abril Cira, do “Slam de Poesía para Morras”
DOI:
https://doi.org/10.22201/enesmorelia.26832763e.2021.7.67Palavras-chave:
representatividade feminina, México, manifestação poética, poesíaResumo
Esta reflexão pretende enfocar o fazer poético de Victoria Equihua, Carolina Herrejón e Abril Cira no México a partir da criação do Slam de Poesía para Morras. Para tanto, partiremos de uma contextualização do slam de poesia e da inserção das mulheres, objetivando mostrar como ele surgiu e de que modo as instrumentaliza na luta por seus direitos, além de funcionar como mecanismo de visibilização de angústias e violências. O aporte teórico adentraré as teorias de gênero, oralidade e da decolonialidade, dialogando com Frederico Fernandes, Boaventura Santos, Ana Paula dos Santos, Maria Lugones, Anibal Quijano, entre outros, e tendo como principal perspectiva a poesia como instrumento de denúncia social, política, contra o machismo, racismo e a violência de gênero. Sendo esta poesia construída no aqui e agora da performance, aos moldes de Zumthor, o lugar de fala feminino é vivenciado com a intenção de mostrar o corpo, a voz e gesto enquanto integração dessa manifestação poética, a partir do pensar o digital como forma de legitimação de vozes dialogando com Mauren Przybylski.